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sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Educação Brasileira está de LUTO (Massacre em Realengo/RJ)



                  A Educação Brasileira está de LUTO


7 de abril de 2011, às 8h20min., na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste - Rio de Janeiro, um dia triste, o MASSACRE de 12 alunos, entra para história brasileira

          O atirador Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, filho adotivo, pais falecidos, sem antecedentes criminais, trabalhava em uma empresa de produtos alimentícios, ex-aluno da Escola Municipal Tasso de Oliveira, na Rua General Bernardino de Matos, Realengo/RJ, zona oeste, munido de sua carteirinha de estudante, adentrou a Escola, por volta das 8:20 da manhã, reconhecido por uma professora, dizendo que ia proferir uma palestra... Ao entrar no segundo piso da Escola com duas armas em punho, calibre 38 começou a atirar nas crianças e adolescentes, principalmente em meninas, matando vários estudantes.
Escola Municipal Tasso de Oliveira
          Os tiros foram disparados na cabeça e no peito dos alunos. O atirador, criminoso de alta periculosidade, sabia o que estava fazendo, atirou para matar. Quatrocentos (400) alunos estavam na escola neste momento. Diante do episódio várias crianças foram pisoteadas. Assim que a arma era esvaziada, ele remuniciava-a ligeiramente e, atirava a esmo, de forma brusca e certeira. O pânico foi generalizado, cena de guerra, um rastro de morte, um banho de sangue.
          Até o momento são 12 crianças mortas, dez meninas e  dois  meninos. O atirador foi alvejado pela polícia e imediatamente, cometeu suicídio.

          Ele foi à Escola fortemente armado, pois, portava muitas munições, e atirou de forma fatal. O psicopata, que, segundo sua irmã, já apresentava um comportamento muito estranho... Havia fugido de casa há oito meses, estava deprimido e era portador do vírus HIV (AIDS).


          Reprodução de trechos da carta deixada por Wellington - O atirador:

          "Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultérios poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão, os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está nesse prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem nesse lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme, minha mãe se chama Dicéia Menezes de Oliveira e está sepultada no Cemitério Murundu. Preciso da visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura e pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo perdão de Deus pelo que eu fiz, rogando que na sua vinda, Jesus me desperte do sono da morte para a vida eterna".

Cópia da carta divulgada na imprensa:
A carta escrita pelo Matador
          Segundo informações da imprensa, ele mantinha contato com um grupo fundamentalista Slâmico, via internet, tornando-se um fanático religioso.

          No Hospital Albert Schweitzer, Rio de Janeiro, tem muitos alunos feridos. Até o momento são 13 mortos, incluindo o atirador psicopata; e várias crianças feridas, algumas em estado gravíssimo.

O choro dos familiares e amigos




          A presidente do Brasil Dilma Roussenff repudiou o ato e pediu um minuto de silêncio, em homenagem aos brasileirinhos mortos de forma cruel.

        
Nomes das crianças mortas no massacre:

1- Karine Lorraine Chagas de Oliveira, 14 anos;
2- Rafael Pereira da Silva, 14 anos;
3- Milena dos Santos Nascimento, 14 anos;
4- Mariana Rocha de Souza, 12 anos;
5- Larissa dos Santos Atanázio, 13 anos;
6- Bianca Rocha Tavares, 13 anos;
7- Luiza Paula da Silveira Machado, 14 anos;
8- Laryssa Silva Martins, 13 anos;
9- Géssica Guedes Pereira (aguardando documento);
10- Samira Pires Ribeiro, 13 anos;
11- Ana Carolina Pacheco da Silva, 13 anos;
12-  Igor Moraes, 12 anos.


Ana Carolina Pacheco da Silva (foto) tinha 13 anos - Tinha cinco irmãos e era a segunda mais nova. Morava perto da escola. Os seus pais reconheceram o corpo dela no IML (Instituto Médico Legal) Afrânio Peixoto. Antes, eles percorreram hospitais na esperança de que estivesse viva. Seu nome foi o último a ser incluído na lista das vítimas fatais do atirador Wellington Menezes de Oliveira. A foto ao lado é do seu documento de identidade.


Bianca Rocha avares (foto), 13, foi atingida na cabeça e morreu na ambulância, a caminho do Hospital Estadual Albert Schweitzer. A sua irmã gêmea Brenda levou um tiro no braço, foi operada e não corre risco de morte. A família delas se mudou para o Realengo em dezembro do ano passado. A foto ao lado é da página dela no Orkut, onde há centenas de mensagens de pêsames. Desde que foi internada, Brenda não parou de perguntar da irmã. As duas eram inseparáveis. Na sexta-feira (8), Renata da Rocha, a mãe, autorizou a madrinha de Brenda a dizer que a irmã tinha sido morta. O corpo de Bianca foi sepultado na manhã de sexta-feira no Cemitério do Murundu, em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio.



Géssica Guedes Pereira (foto), 15, estava na Escola Municipal Tasso de Oliveira desde o 4º ano. Em 2011, iria concluir o 7º e estava fazendo um curso preparatório para estudar na Marinha, seu sonho. Sueli, sua mãe, disse que ela era alegre e vivia cercada de amigos. Contou que nas véspera da tragédia a filha pediu que dormisse do lado dela. "Agora, vai ser difícil olhar para as coisas dela", disse. Sueli ficou sabendo da morte da filha quando foi procurá-la no hospital Albert Schweitzer e lá o que encontrou foi uma foto do corpo dela. A garota tinha duas irmãs. A foto é da página dela no Orkut.


Igor Moraes da Silva (foto), 13, foi a última vítima (a 12ª) do atirador Wellington Menezes de Oliveira, que mirou suas armas preferencialmente nas meninas -- dez delas foram assassinadas. Igor foi uma das duas exceções. A família pretendia doar os órgãos do estudante, mas não conseguiu porque o pai não tinha sido localizada para assinar os documentos. Pai e mãe do garoto são divorciados.


Karine Chagas de Oliveira (Foto: Aluizio Freire/G1)

Karine era uma menina muito carinhosa, de acordo com Ana Paula Oliveira dos Santos, tia da estudante. A aluna da Escola Municipal Tasso da Silveira tinha acabado de começar a praticar atletismo na Escola Militar, em Sulacap. Segundo Ana Paula, a sobrinha vivia com a avó desde pequena. "Minha mãe está em estado de choque. Ela cria a Karine desde dois anos de idade", contou a tia da menina.

Larissa dos Santos Atanázio (Foto: Reprodução)Larissa era uma menina muito brincalhona, simpática e inteligente. Assim Daniele Azevedo define a prima que foi vítima do atirador na escola em Realengo. Segundo Daniele, Larissa, que aparece na foto ao lado posando de modelo, estudava na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, há dois anos. "Ela gostava muito de ir à aula."

 
Laryssa Silva Martins (foto), 13, pouca saía de casa, mas na escola tinha muitos amigos, de acordo com seus familiares. Quando seu pai, o motorista aposentado Clóvis Martins, 56, soube dos tiros na escola, ele correu para lá -- sua casa fica por perto. Ele encontrou a filha ensanguentada no chão e pensou que ainda estivesse viva, até que se deu conta que ela não respirava. Depois, no IML (Instituto Médico-Legal), manifestou o seu desespero: "Minha filha, meu anjo de candura foi embora". O sepultamento do corpo da estudante ocorreu na manhã de sexta-feira (8) no cemitério do Murundu. Camila Silva, irmã da vítima, estava desesperada: o tempo todo gritou pedindo a volta de Laryssa. No mesmo cemitério, houve o enterro de outras vítimas do atirador Wellington Menezes de Oliveira. Um helicóptero da Polícia Civil jogou no cemitério pétalas de rosa em homenagem aos mortos.

Luiza Paula da Silveira (Foto: Bernardo Tabak/G1)
  
Luiza estava no 8º ano do Ensino Fundamental e sonhava em ser modelo fotográfico. "Ela adorava tirar fotos e colocar no Orkut", contou a tia dela, Cristiane da Silva Machado Gomes. Luiza era fã de Ivete Sangalo. "Tem uma música da Ivete, que fala em sol, terra, mar, que ela adorava. E essa música dizia: 'Quando a chuva passar...' Parece que ela sabia o que ia acontecer, e ela queria deixar essa mensagem. Acho que é essa música que vai ajudar a consolar a gente." A estudante fazia aulas de inglês e adorava ir à academia de ginástica. "Ela estava malhando com a prima, que é minha filha. As duas estavam querendo ficar em forma para o aniversário de 15 anos dessa minha filha", disse a tia.
Mariana Rocha de Souza (foto), 12, tinha na escola um irmão de 9 anos. O menino disse que de sua classe, no terceiro andar, ouviu tiros que vinham de onde a irmã estava. Uma colega de Mariana disse que ela era vaidosa, adorava ser fotografada e que pretendia ser modelo. Nadia Ribeiro, sua madrinha, acrescentouque a adolescente era também muito estudiosa. O sepultamento do corpo ocorreu por volta das 12h de sexta-feira (8) no cemitério do Murundu, onde houve o enterro de outras vítimas do atirador Wellington Menezes de Oliveira. Um helicóptero da Polícia Civil sobrevoou o local jogando pétalas de rosas em homenagem às vítimas.


Milena dos Santos Nascimento

 (foto), 14, estava no 6º ano. Waldir Nascimento, seu pai, disse que ela não faltou este ano nenhum dia à escola por gostava de estudar. Na escola, ela tinha duas irmãs, Tainá, 14, e Helena, 12, que nada sofreram, mas presenciaram a tragédia. Tainá se salvou porque um professor a colocou em uma sala e a trancou e Helena fugiu para o auditório, cuja porta foi bloqueada por uma barricada. O pai não culpou o governo pela falta de segurança na escola. "O atirador podia ter feito o mesmo em uma praia." A família passou a considerar a possibilidade de voltar para a Bahia. O corpo de Milena foi sepultado por volta das 14h30 de sexta-feira (8) no cemitério do Murundu, na Zona Oeste do Rio.


Rafael Pereira da Silva - (Foto: Fernando Quevedo/Ag. O Globo). A foto ao lado mostra a imagem de Rafael carteirinha de transporte escolar do jovem estudante, outra vítima da chacina. O pai, Carlos Mauricio Pinto, se emociona ao lembrar do filho. Rafael foi um dos dois meninos assassinados pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira, na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo. As outras dez vítimas assassinadas pelo atirador eram meninas.

Samira Pires Ribeiro (foto), 13, estava no 8º ano da Escola Municipal Tasso da Silveira há pouco tempo, desde o início deste ano letivo. Uma de suas melhores amigas na escola era Larissa dos Santos Atanázio, que também foi alvejada pelo atirador. Ambas morreram juntas. A família, como não a encontrou na escola, percorreu três hospitais na expectativa de que ela estivesse internada. A busca terminou no Hospital Albert Schweitzer, onde estava o corpo.

            O massacre ganha repercussão no mundo inteiro
          Além dos mortos, o ataque de Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, deixou mais de 20 feridos. Destes, foram identificados, até às 17h30, sete pessoas, sendo três em estado grave:

Brenda Rocha Tavares (ferida)
Gustavo Pires Damasceno, 6 anos (ferido)
Patrick da Silva Figueiredo, 14 anos (ferido)
Renata Gomes, 13 anos (ferida)
Igor Moraes (faleceu)
Luan Vitor, 13 anos (em estado grave)
Thayane Tavares Monteiro, 13 anos (em estado grave)

          A tragédia virou destaque nos noticiários pelo mundo nesta quinta-feira. Entre os veículos que noticiaram a tragédia brasileira com destaque em seus sites estão The Guardian, BBC e The Telegraph, da Inglaterra, El País, da Espanha, e Los Angeles Times, além da rede de TV CNN, dos Estados Unidos.

          O britânico The Guardian, que deu lugar de destaque na página principal do site da publicação, traz depoimentos de bombeiros e testemunhas que moram próximas ao colégio para contar o ocorrido. Já o jornal espanhol El País narra o momento exato em que um policial, que viu uma das crianças atingidas correndo com o rosto manchado de sangue, tentou render o assassino, que acabou se matando com um tiro na cabeça.

          A página em inglês da Al Jazeera termina de noticiar o episódio com um paralelo entre o episódio desta quinta-feira e as tentativas de pacificação que o governo fluminense vem fazendo para tentar controlar a venda de drogas nos morros cariocas. Segundo o veículo, o policiamento nessas áreas teria sido intensificado para resguardar a segurança durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

          A BBC publicou em seu site uma galeria com imagens da tragédia carioca. Nas fotos, eles resumem o desespero de familiares e o resgate das vítimas.

          Nenhum parente aparece para liberar o corpo de assassino, que é sepultado diante apenas de funcionários de Cemitério do Caju e do IML

          Rio - O corpo de Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, que matou 12 crianças no Colégio Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, foi enterrado, ontem de manhã, no Cemitério do Caju, 15 dias após o massacre. O prazo limite para que alguém da família fosse até o Instituto Médico Legal (IML) fazer o reconhecimento terminaria na noite de ontem. O sepultamento foi autorizado pela Justiça.

          Nenhum parente do atirador foi ao enterro, que ocorreu por volta de 8h30. Apenas por três coveiros e dois funcionários do IML acompanharam os cerca de 40 segundos da descida do caixão para uma cova rasa — a de número 7708, quadra 49 do cemitério.

          Wellington foi enterrado numa cova rasa no Cemitério São Francisco Xavier | Foto: Deisi Rezende / Agência O Dia
          “É o meu trabalho, não tenho escolha. Mas pessoalmente não gostaria de estar lá. Esse foi o primeiro enterro que mexeu comigo, senti revolta”, revelou o coveiro Leandro Silva, 25 anos. Morador de Realengo há 15, ele contou que ficou abatido com a chacina na escola e que trocava mensagens pela Internet com duas das vítimas.
Funcionário do cemitério, André Luiz de Oliveira, 31 anos, também lamentou estar no enterro. “Espero que ele não descanse nunca. Já sou coveiro há 12 anos e posso dizer que Wellington foi a pior pessoa que enterrei. Acredito que ainda vou trabalhar mais uns 35 e não vou enterrar ninguém pior. O que ele fez é atitude de monstro. Espero que ele não descanse nunca”, desabafou.

          Outro coveiro, que não quis se identificar, demonstrou ainda mais revolta com Wellington. “Foi um prazer ter a certeza que este animal morreu e foi enterrado. O que ele faz foi muita crueldade e covardia. E se alguém vier aqui rezar no túmulo dele vamos expulsá-lo”, prometeu.

          Após três anos enterrado no local, o corpo será removido, a ossada, cremada e as cinzas, descartadas. Wellington foi sepultado como corpo não reclamado (quando a família não aparece para requerê-lo).

          Em carta atirador queria caixão, mas corpo é envolto e plástico preto

          Em carta deixada na escola, Wellington fez uma série de pedidos para seu sepultamento. Ele queria ser enterrado, envolto num pano branco, dentro de um caixão, na cova vizinha à da mãe adotiva, no Cemitério do Murundu. O único desejo atendido foi o do pano branco, pois é norma do IML usar a cobertura por baixo de plástico preto que envolveu o cadáver.

          O assassino também pediu a visita de um ‘fiel seguidor de Deus’ a sua sepultura. Ontem, o pintor Paulo Cézar Ferreira, 41 anos, que acompanha o enterro de um parente perto da cova de Wellington, foi orar no túmulo do atirador. “Sou espírita e acredito que ele mereça essa oração para pode se arrepender dos seus pecados”, explicou.

>>> VÍDEOS sobre a tragédia na Escola Municipal Tasso da Silveira

          Segundo o diretor de Polícia Técnica-Científica, Sérgio Henriques, o prazo de 15 dias para enterrar o corpo não é obrigatório: “Isso é um prazo médio. Quando a família não comparece para fazer a liberação do cadáver e da certidão de óbito, é praxe a Justiça emitir uma autorização para o enterro”.

           Psicopata mata 12 estudantes em escola municipal

          Manhã de 7 de abril de 2011. São 8h20 de mais um dia que parecia tranquilo na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste. Mas o psicopata que bate à porta da sala 4 do segundo andar está prestes a mudar a rotina de estudantes e professores, que festejam os 40 anos do colégio. Wellington Menezes de Oliveira, um ex-aluno de 24 anos, entra dizendo que vai dar palestra. Coloca a bolsa em cima da mesa da professora, saca dois revólveres e dá início a um massacre em escola sem precedentes na História do Brasil. Nos minutos seguintes, a atrocidade deixa 12 adolescentes mortos e 12 feridos.

          Transtornado, o assassino atacou alunos de duas turmas do 8º ano (1.801 e 1.802), antiga 7ª série. As cenas de terror só terminam com a chegada de três policiais militares. No momento em que remuniciava dois revólveres pela terceira vez, o assassino é surpreendido por um sargento antes de chegar ao terceiro andar da escola. O tiro de fuzil na barriga obriga Wellington a parar. No fim da subida, ele pega uma de suas armas e atira contra a própria cabeça.

          Na escola, a situação é de caos. Enquanto crianças correm — algumas se arrastam, feridas —, moradores chegam para prestar socorro. PMs vasculham o prédio, pois havia a informação da presença de outro atirador. São mais cinco minutos de pânico e apreensão. Em seguida, começa o desespero e o horror das famílias.

          A notícia se alastra pelo bairro. Parentes correm para a escola em busca de notícias. O motorista de uma Kombi para em solidariedade. Ele parte rumo ao Hospital Albert Schweitzer, no mesmo bairro, com seis crianças na caçamba, quase todas com tiros na cabeça ou tórax.

          Wellington, que arrasou com a vida de tantas famílias, era solitário. Segundo parentes, jamais teve amigos e passava os dias na Internet ou lendo livros sobre religião. Naquela mesma escola, entre 1999 e 2002, período em que lá estudou, foi alvo de ‘brincadeiras’ humilhantes de colegas, que chegaram a jogá-lo na lata de lixo do pátio.

          A carta encontrada dentro da bolsa do assassino tenta explicar o inexplicável. Fala em pureza, mostra uma incrível raiva das mulheres — dez dos 12 mortos — e pede para ser enrolado num lençol branco que levou para o prédio do massacre. O menino que não falava com ninguém deixou seu recado marcado com sangue de inocentes estudantes de Realengo.

Fonte:  http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2011/4/espero_que_ele_nao_descanse_nunca_diz_coveiro_sobre_atirador_de_realengo_159613.html

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